Colóquio Discente.

Pós Graduação, UFMG. 18 a 22 de Outubro de 2021.

Neste dia apresentei uma fala que provinha de uma experiência singular.

O resumo do texto foi este:

O espaço de aceitação do outro: entre conflitos e conciliações no ensino-aprendizagem.Ricardo Macêdo

Linha de pesquisa: Artes Visuais, Plásticas e Interartes

Sub tema: Arte e Educação

A palavra aceitação, na linguagem comum, significa anuência, aquiescência e bom acolhimento. Contudo, o que vamos ver nesta experiência educacional realizada em 2010 em uma comunidade quilombola, está para além do significado apregoado a essa palavra. Para tanto, busquei na biologia da cognição do neurobiólogo chileno Humberto Maturana, uma abordagem específica para entender as relações entre as pessoas a partir da ideia de espaço de aceitação do outro. O intuito é que possamos perceber que, como humanos, temos a mistura do nosso mundo com o que criamos junto com os outros e, para isso, precisamos lidar com conciliações, mas também, saber aceitar os conflitos provenientes dessas junções de mundos. Nesse sentido, precisamos perceber que o ensino-aprendizagem, inevitavelmente, necessita atravessar essas relações, sejam elas de conflito, ou de conciliação, para lidar com elas transversalmente junto aos agentes envolvidos nos processos.

Palavras-chave: Educação, Conflito, Aprendizagem.

1Professor de Artes Visuais na Fundação de Arte de Ouro Preto, doutorando em Artes Visuais, Plásticas e Interartes na UFMG, integrante de alguns coletivos e grupos de estudo, respectivamente: Vila Pobre, Cine Andarilho, grupos de estudo Da Imagem: Variações (UFMG/CNPq), Esquizoemas e Laboratório de Estudos e Vivências da Espacialidade (UFMG/CNPq).

Espero um dia poder falar abertamente e criticamente sobre todos os tipos de bastidores, os quais, eu atravesso, tão ricos em experiências, mas tão mudos quanto mais limitantes se tornam as relações de trabalho, os pactos e coesões sociais. O meio e a estrutura que compõem a organização dos sistemas um dia ainda vão servir de base para compreendermos melhor as dinâmicas de trabalho, de criação e de educação.